O que parecia ser um crime insolúvel, se tornou uma obsessão para abnegado delegado titular Roberto Júnior, que desde o início do mês assumiu as investigações em torno do bárbaro crime envolvendo o artista e escultor São Félix, que na noite do dia 28 de dezembro de 2010, no interior de sua residência (no interior do Ginásio Agro Industrial), foi agredido violentamente a golpes de facão e pedrada.
Contando com todo o aparato da Polícia Civil, a ele disponível, o delegado passou a intensificar e individualizar as investigações que, em princípio, resumiam-se em três linhas de apuração. Técnicas adquiridas em cursos na SWAT, nos Estados Unidos, foram postas em prática.
Ao tomar conhecimento da morte do artista na noite do último domingo, 16/01, a autoridade policial tornou sem efeito as férias e folgas de policiais civis, para que o caso tornasse prioridade.
Prisão dos supostos envolvidos no caso…
As investigações convergiram para a elucidação do crime durante a última segunda-feira, 17/01, com oitivas de pessoas e de uma testemunha que teve o nome preservado pela polícia. De posse do conjunto de provas, o delegado, com o apoio do Ministério Público e Justiça Criminal, conseguiu os mandados de “busca e apreensão de um adolescente e de prisão de uma jovem de 18 anos de idade, nome ainda preservado, visto que o trabalho de investigação e apuração do caso não termina por aqui.
De acordo com Dr. Roberto Júnior, o caso é muito mais complexo do que se imagina, pois ele acredita que exista uma terceira pessoa na cena do crime. A polícia já ouviu diversas pessoas, algumas testemunhas, membros da família da vítima e não vai sossegar até reunir todas as provas necessárias para indiciar os autores desse crime brutal.
Dr. Roberto Júnior disse que a prisão da jovem é temporária, podendo ser prorrogada por igual período, até conseguir reunir todas as provas e indiciá-la por participação no crime. Já o menor teve internação provisória decretada, embora tenha negado o tempo todo qualquer tipo de envolvimento com o caso, bem como a jovem de 18 anos, que insiste em negar qualquer participação ou envolvimento com o crime.
Nos depoimentos dos supostos “envolvidos” há muita contradição, inclusive existem depoimentos de testemunhas com riqueza de detalhes, colocando os dois na cena do crime, visto que o menor teria revelado para uma dessas testemunhas qual foi a sua participação e envolvimento no caso, que inclusive o intuito era apenas roubar a vítima.
O delegado Roberto Júnior não concedeu entrevista a nenhum meio de comunicação, mas pediu a compreensão de toda a imprensa, bem como da comunidade, pois não quer cometer injustiça, apenas pretende apresentar a sociedade de Itapetinga e aos familiares da vítima os verdadeiros culpados pela morte de São Félix.
Ontem os envolvidos foram ouvidos na presença da autoridade policial, um representante do Ministério Público, Conselho Tutelar, advogados de defesa e familiares, principalmente o menor. Ambos permanecem custodiados na 21ª COORPIN a disposição das autoridades.
Vale salientar que logo após tomarem conhecimento da prisão e apreensão dos supostos envolvidos, dezenas de pessoas da comunidade compareceram em frente ao Complexo Policial pedindo justiça e agradecendo a polícia pelo empenho em desvendar o caso o mais breve possível.
Vale salientar que a jovem tem um histórico negro na própria família: A mãe biológica está presa por “tráfico de drogas”, embora tenha sido criada pela avó. Já tentou suicídio, tem histórico de suicídio na família, já esfaqueou duas vítimas, de acordo com os registros na 21ª COORPIN. Fonte: Polícia Civil…
Observação: Em respeito ao estado de direito, à democracia e aos princípios éticos, respeitamos o pedido da polícia e por esta razão não divulgamos nomes e fotos relacionados às pessoas supostamente envolvidas, até que fato o caso seja devidamente esclarecido ou a polícia conclua as investigações.
Reportagem: Sizinio Neto.