Quatro meses se passaram e os parentes não puderam realizar o sepultamento do corpo da senhora Nelita Oliveira Melo, a “Dona Lita”, de 85 anos. A questão esbarra na liberação do corpo por parte do DPT (Departamento de Polícia Técnica) de Vitória da Conquista.
Dona Nelita morreu vítima de um incêndio em sua residência no dia 09 de dezembro do ano passado. Sete dias antes o DPT/IML, localizado no Complexo Policial de Itapetinga, foi inaugurado pelo Governador Rui Costa e entregue à população das 13 cidades que abrangem à 21ª Coorpin/Itapetinga.
A reportagem do Itapetinga na Mídia conversou nesta terça-feira (11) com a Coordenadora da CRPT (Coordenadoria Regional de Polícia Técnica), Isnara Martins, que explicou a situação.
“Mesmo com o DPT/IML inaugurado no dia 02 de dezembro de 2016, na época, os exames de necrópsias nos finais de semana eram realizados em Vitória da Conquista. Ainda não havia escala para os médicos-legistas nas sextas à noite, sábados e domingos, razão pela qual o corpo de Dona Nelita foi encaminhado para Vitória da Conquista”, disse Isnara Martins.
Segundo ela, o corpo da idosa apenas está custodiado em Itapetinga, porém o laudo de exame necroscópico sairá por Vitória da Conquista após o exame de DNA.
POR QUE FAZER EXAME DE DNA?
A Coordenadora do DPT /IML de Itapetinga explicou a necessidade em se realizar o exame de DNA no corpo da senhora Nelita Oliveira Melo, lembrando que existem três técnicas periciais para a realização de uma identificação civil, exigência legal para todo tipo de morte violenta:
-Impressões digitais; análise da arcada dentária e exame de DNA.
Isnara Martins comenta que em razão do corpo da idosa Nelita estar carbonizado em quase em sua totalidade, a única saída foi colher material genético para se fazer o exame de DNA, procedimento que somente é realizado na Coordenação de Genética do Laboratório Central de Política Técnica, em Salvador.
De acordo com a Coordenadora, a demora na liberação é que o corpo está numa fila de espera, pois no laboratório existem vários casos semelhantes aguardando o exame.
“Entendemos a dor da família, mas será necessário aguardar”, finalizou a Coordenadora, sem estipular prazo.