Lucas José Lacerda de Santana – homicida de Leandro Barros.

Policiais Civis de Itapetinga e Porto Seguro sob o comando dos delegados Roberto Júnior (Titular de Itapetinga) e Dr. Ricardo Feitosa (Titular da DELTUR/Porto Seguro), em cumprimento a mandado de prisão, expedido pela justiça criminal de Itapetinga, prenderam em Porto Seguro (Extremo Sul/BA), o assassino de Leandro Ferreira Barros, 29 anos, de nome Lucas José Lacerda de Santana, 19 anos, residente no Bairro São Francisco de Assis, que se apresentou à polícia com advogado seis dias após o crime, confessando autoria, onde foi interrogado e colocado em liberdade pelo fato de ainda ter saído o mandado de prisão que já tinha sido requerido pelo delegado Roberto Júnior.

Essa foi a versão apresentada por Lucas José Lacerda de Santana, de 19 anos, ao se apresentar ao Delegado Titular, Roberto Júnior, na manhã desta segunda-feira (01), acompanhado de dois advogados.

Inicialmente, ele contou, em interrogatório, como tirou a vida de Leandro Ferreira Barros, de 29 anos, na noite de 24 de julho deste ano, um domingo, na estrada que dá acesso à Fazenda de Dona Naná, nas imediações do Parque de Exposições Juvino Oliveira. Disse, ainda, que depois do crime saiu da cidade.

“Léo Gordo”, como era conhecido Leandro Ferreira Barros, foi encontrado sem vida na manhã do dia 25 de julho, no interior do veículo Corsa Sedan, de cor prata, pertencente à sua genitora, apresentando perfurações à bala na cabeça e costas.

O crime passou a ser investigado pela DHPP, divisão criada na Delegacia Territorial de Itapetinga para a apuração de crimes contra a vida, movimentando todos os policiais da equipe do delegado Roberto Júnior, pois se sabia que seria um crime difícil de ser apurado, mas não impossível de ser elucidado.

Leandro Ferreira Barros (Léo Gordo)

As primeiras investigações apontaram para um suspeito: um rapaz de cor branca, que usava boné e que no dia do homicídio teria estado na companhia de “Léo Gordo”, em boa parte do dia, dentro do seu carro. Esse rapaz, de acordo os investigadores, seria a pessoa de Lucas, um jovem que residia no Bairro São Francisco e que no dia seguinte ao homicídio não mais foi visto na cidade.

Na segunda-feira do dia (01/08), finalmente o crime é elucidado pela Polícia Civil, com a apresentação de Lucas José Lacerda de Santana.

Em princípio, ao delegado, ele disse que realmente esteve com a vítima, mas que não teria cometido o homicídio, mas diante do rol de provas apresentado no Inquérito Policial, que já conta com dezenas de páginas, Lucas acabou por confessar que fez dois disparos contra o corpo de “Léo Gordo”, ceifando a sua vida dentro do seu próprio carro.

Lucas relatou, ainda, de que somente matou “Léo” porque foi ameaçado de morte por ele: Após ouvir a versão de Lucas, o delegado Roberto Júnior solicitou ao DPT de Itapetinga a perícia de Reprodução Simulada dos Fatos (reconstituição).

RECONSTITUIÇÃO:

Foto da reconstituição do crime, com participação do próprio autor. A vítima foi representada pelo agente Cristiano.

Os delegados Marcus Vinicius, coordenador, Roberto Júnior, delegado titular, o Promotor de Justiça, José Junseira Almeida de Oliveira, investigadores, escrivães, agentes públicos, a equipe do DPT, guardas municipais e agentes da Comutran se dirigiram ao local onde ocorreu o crime. Lá, o homicida contou passo a passo tudo o que ocorreu:

“Nos dirigimos para a entrada de Dona Naná. Léo passou a mão em minha perna e me chamou para fazer sexo com ele, só que não aceitei. Nesse momento, Léo puxou uma arma de fogo que estava embaixo de sua perna, sobre o banco, e encostou a arma em meu peito, ameaçando de atirar se eu não transasse com ele”, detalhou Lucas.

“Consegui segurar a arma de Léo e, quando lutava com ele, a arma disparou na direção de sua cabeça. Léo caiu sobre o banco e eu saí do carro, passando em frente do veículo, me dirigindo até o lado do motorista, onde ele estava caído. Nesse momento, fiz um disparo na direção das suas costas”, contou o homicida.

Depois disso, Lucas José caminhou em direção ao Parque Juvino Oliveira, jogando a arma de fogo no chão, se dirigindo, a pés, para a sua casa. “Não sei que arma era aquela, estava escuro e eu não conheço tipo de arma de fogo”, finalizou o assassinado de Leandro Ferreira Barros.