*Por Celino Souza
Hesitei em me posicionar sobre a questão da "importação" de médicos para atuarem no interior e quinhões periféricos do Brasil por achar tudo muito complexo: corporativismo da classe médica, aversão ao estrangeiro, crítica ao modo de condução da presidenta Dilma.
Mas a vaia a médicos cubanos me parece a gota d’água de uma questão que beira a xenofobia. Li uma manchete de jornal – "Os estrangeiros estão chegando" – que, numa citação ambígua, pode tratar os estrangeiros como alquimistas ou marcianos.
Antes de serem estrangeiros, estes cidadãos são médicos. Dispostos a enfrentar os problemas de dar assistência de saúde em lugares longínquos. China, Rússia, Índia vivem problemas semelhantes de saúde pública em locais distantes – são, como o Brasil, países continentais.
Aqui, ensaia-se uma medida paliativa – sui generis – e que, por isso mesmo, precisa ser testada. Não há medicamentos no interior? Os postos são sucateados? É preciso que haja pessoas nestes locais para fazer pedidos, encaminhamentos. Se não há médicos num posto de saúde de uma micro cidade longínqua, como pedir recurso público? Como articular parcerias com prefeituras e iniciativas privadas?
Morei em Cuba e presenciei o médico como um articulador social, uma figura que não está somente para "receitar remédio" mas, sobretudo, um profissional em contato com assistentes sociais, com ONGs, com entidades de classe, etc. Antes de tudo, o médico é um ser social, uma presença que pode sim transformar uma realidade. Desculpem a utopia, mas acredito na presença transformadora.
Creio também que nada suplanta o contato físico: o médico e o paciente. O estrangeiro e o nativo. O preto e o branco. O rico e o pobre. Juntos. Olho no olho. Uma imagem de cumplicidade, auxílio e compaixão.
*Texto extraído do Facebook do jornalista Celino Souza.
O GRANDE PROBLEMA É OS MERCENÁRIOS BRASILEIROS NÃO QUEREM FAZER CONSULTAS PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE, SÓ QUEREM ATENDER PARTICULAR, QUAL É O PAI DE FAMÍLIA ASSALARIADO QUE PODE DESEMBOLSAR R$ 200,00 PARA UMA CONSULTA, E QUANDO ATENDEM, ATENDEM MAL, NÃO GENERALIZANDO POIS EXISTEM PROFISSIONAIS QUE ATENDEM BEM OS PACIENTES MAS A MAIORIA QUEREM MESMO É DINHEIRO, A SAÚDE BRASILEIRO ESTÁ CAPENGA POIS OS DESVIOS DE VERBAS PARA SAÚDE É INCALCULÁVEL, PENA QUE NA MAIORIA DAS VEZES NÃO SÃO INVESTIGADAS AS DENUNCIAS, ACHO QUE O NOSSO PAÍS TA SEM JEITO TÁ NA HORA DO POVO APRENDER A VOTAR E DEIXAR DE SE VENDER.
Aqui no Brasil, é muito mais comum médicos atenderem pessimamente a população por falta de ética e profissionalismo do que por falta de condições estruturais, materiais. Não generalizando, mas médicos atrasam, faltam muito, diagnosticam superficialmente os pacientes dos SUS, sem falar na crítica relação que existe entre hospitais particulares e Sus. Não querem trabalhar e atrapalham os que levam a sério, socialmente, a função da medicina. O governo tem culpa mas os médicos também não são isentos desta responsabilidade. Ótimo texto Celino.
Gostei muito do comentario do nosso celino,aprovo parabens.
Pessoal de maneira politica partidaria ou não o certo é que a população do interior do Brasil necessita e muito desses profissionais que atenda – os com dignidade e profissionalismo. Compete ao gestor resolver os problemas existentes e a presidenta está fazendo isso. Tem seus problemas com certeza tem. Mas a população necessitada quer medicos nos postos de saude. Se é para resolver o problema, venha de onde vier pois são bem vindos pela a classe popular.
Vamos deixar de egoismo e pensar mais um pouco no proximo.