Erinho foi condenado a 16 anos de reclusão.

Eriscarlos Moreira Fernandes, vulgo !"Erinho", 19 anos, residente na Travessa Paraíso, bairro Nova Itapetinga, foi condenado a 16 anos de reclusão, pela morte de Catiane Santos Silva (22 anos na época), assassinada a tiros no dia Internacional da Mulher (08 de março de 2011), na casa de uma amiga na Rua Paraíso. Erinho sentou no banco dos réus na manhã desta terça-feira, 04.09, durante a 7ª Sessão do Tribunal do Júri, sob presidência da Juíza de Direito Titular do Tribunal do Júri, Vara de Execuções Penais, Crime, Infância e Juventude e Eleitoral, Dra. Julianne Nogueira Santana Rios. 

Que presenciou a morte de sua mãe, quando ainda estava no colo dela, sendo protegida por ela quando a mesma foi alvejada por disparos de arma de fogo; Que Erinho adentrou a casa de Silvia e se dirigiu ao quarto onde estavam as pessoas de Silvia (dona da casa), Cintia, ela (Carol) e sua mãe Catiane; Que Gilma estava acompanhada de Erinho no momento dos disparos; Que Erinho é o réu que está sendo julgado; Que atualmente mora com seu pai biológico e com os primos; Que Erinho adentrou a residência portando uma arma de fogo (revólver) apontando para sua mãe; Que não lembra se ele falou alguma coisa para sua mãe antes de efetuar os disparos.

Depoimento de Eriscarlos Moreira Fernandes (Erinho):

Disse que no dia e horário do crime se encontrava na casa de uma irmã; Que conhecia a vítima, mas não tinha relação nem de amizade com a mesma; Que não efetuou nenhum disparo de arma de fogo contra ela vítima; Que seu nome está associado ao crime porque a família da vítima não gosta dele e lhe atribui a autoria; Que no dia dos fatos estava trabalhando numa padaria com sua genitora; Que Juma é sua namorada; Que só teve contato com ela (Juma) pela manhã; Que acredita que a filha da vítima esteja inventando o fato de lhe atribuir autoria; Que não tomou conhecimento de quem matou Catiane no dia 08 de março de 2012; Que Juma (sua namorada) não tinha nenhuma relação com a vítima; Que nunca assediou, fez investidas ou qualquer coisa do tipo com Catiane, que nunca ligou para Catiane e muito menos a assediou;

Promotora de Justiça com a sustentação oral – Dra. Genísia Silva Oliveira.

Dra. Genísia Silva Oliveira – Promotora de Justiça do Tribunal do Júri, experiente na área criminal, fez uso da palavra e foi visível o seu semblante triste e decepcionante diante do que ouviu do réu durante seu interrogatório.

Dra. Genísia baseada nos autos, concluiu que Eriscarlos (Erinho), é um dos assassinos mais frios e cruéis que já conheceu ao longo dos seus 17 anos de atuação no Ministério Público do Estado da Bahia. Falou da dor da criança Carol de apenas 07 anos de idade, filha da vítima quando no seu depoimento chorou ao falar da morte da própria mãe. “Nós sabemos que criança não mente. Ela não tinha como inventar um fato de tão grave relevância, vez que as testemunhas arroladas nos autos confirmam a versão da criança”, disse a promotora.

Tese do Ministério Público: Homicídio Duplamente Qualificado: Motivo fútil e o fator surpresa com que a vítima foi colhida no ato do crime.

Erinho estava assediando Catiane e tinha pedido o número do seu celular; Catiane afirmou que era casada e decidiu comunicar o fato a namorada dele de prenome “Juma”, contando-lhe sobre o assedio incessante de Erinho; Que as testemunhas confirmaram essa versão em depoimento da Delegacia de Polícia; Que Erinho ficou com raiva e para se vingar resolveu matar Catiane; Que as testemunhas quando foram interrogadas na Delegacia contaram essa versão e mudaram a mesma em juízo, sendo responsabilizas pelo crime de Falso Testemunho.

Tese da Defensoria Pública – Homicídio simples…

Dr. Afonso Ferreira Neto – Tentar preservar laços familiares não é motivo fútil; Que Erinho entrou em desespero ao perceber que seu relacionamento estava sendo abalado pela atitude da vítima em contar para sua esposa ou namorada sobre seu suposto assédio; Que a janela da casa estava aberta e, portanto, havia possibilidade de defesa por parte da vítima, que poderia ter fugido pela janela ao perceber que o autor tinha adentrado a casa de arma em punho; Que o depoimento da criança não tem relação com as qualificadoras defendidas pelo Ministério Público…

Vale ressaltar que a família da vítima acompanhou o Julgamento vestida de camisa com fotos de Catiane, além de exibir e afixar na entrada do Fórum, Faixas e Cartazes pedindo Justiça…

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