Em busca de compilar informações sobre a flora da região de Itapetinga e suprir a carência desses dados, surgiu no campus Juvino Oliveira, em 2010, a ideia de desenvolver estudos botânicos nesse sentido. A iniciativa resultou na implantação do projeto de pesquisa “Diversidade florística em florestas de Itapetinga”, que hoje se associa a subprojetos que envolvem estudos florísticos e fenológicos, com a participação de alunos de Iniciação Científica.

O projeto realiza expedições a campo e conta também com o apoio de professores da área de Ecologia e de Taxonomia. Para que o conhecimento se concretize no contato com a comunidade, a pretensão é divulgar a importância da conservação da biodiversidade e o impacto que a fragmentação vem causando, por meio de oficinas.

Preparação de “exsicatas Schinopsis brasiliensis”

De acordo com a coordenadora do projeto, a professora do Departamento de Ciências Exatas e Naturais (DCEN), Ana Paula Lima, estão incluídos nos próximos passos da pesquisa a ampliação do banco de dados e a programação de novas expedições em outros fragmentos. Tudo com o objetivo de agregar mais informações sobre as florestas da região.

Ela explica que dados importantes já foram obtidos e que a preocupação dos estudos é a de que, depois de concluídos, os levantamentos possam colaborar com politicas públicas para a conservação e a restauração do meio ambiente.

“Foi investigada a flora do Parque Zoobotânico da Matinha e se constatou a ocorrência de muitas espécies invasoras nos fragmentos da Mata Atlântica, e espécies exóticas são uma grande ameaça à biodiversidade. Também foram registradas plantas nativas da Mata Atlântica Estacional, mas ainda não foram registradas espécies endêmicas da região, o que enfatiza a necessidade de mais estudos em busca de ampliar os conhecimentos sobre a biodiversidade local”, finalizou a professora. UESB

Coleta de material fértil “Cupania rígida”