Enquanto as apreensões de óxi se espalham pelo Brasil, a Polícia Federal evita tratar a droga como novidade, ainda que na receita do entorpecente constem ingredientes diferentes dos encontrados no crack. Matéria do Uol Notícias assinada pelo jornalista Guilherme Balza aponta para o temor de agentes da Polícia Federal de caracterizar óxi como uma nova droga e estimule, por sua vez, o seu consumo e popularização. O status de novo pode aguçar a curiosidade de usuários de outros entorpecentes, como aconteceu com o crack nas duas últimas décadas.
No campo científico, peritos da PF afirmam que as pesquisas feitas com amostras de óxi apreendidas nas ruas de Rio Branco, no Acre, por onde a droga entrou no país, não apresentaram elementos suficientes para caracterizá-la como diferente do crack, do merla ou da pasta base da folha de coca. “O óxi é um derivado da cocaína, assim como o crack. Não é uma droga nova, é a mesma cocaína apresentada de outra forma”, afirma Oslain Santana, coordenador da repressão a entorpecentes da Polícia Federal.
Peritos da PF iniciaram nessa terça-feira (17), pela primeira vez, uma série de análises detalhadas de exemplares de óxi. As pesquisas devem terminar no final deste mês. Ao final dos testes, os peritos apresentarão uma conclusão técnica se o óxi pode ou não ser considerado uma droga nova. A pasta base da folha de coca, obtida nos países andinos (Bolívia, Peru, Colômbia e Equador), é a matriz da cocaína em pó (cloridrato), crack, merla e também do óxi. A pasta é obtida a partir da mistura da planta triturada com componentes tóxicos, como ácido sulfúrico, cal, cimento, entre outros componentes tóxicos.
Em Itapetinga, Centro Sul da Bahia, há 590km da capital (Salvador), a Polícia Civil / 21ª Coorpin fez a primeira apreensão da droga no estado, 86 papelotes e uma pedra grande, operação que teve grande projeção no país através deste canal (www.itapetinganamidia.com)
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