Quarenta minutos. Foi o tempo que uma enfermeira de 38 anos passou nas mãos de criminosos em Curitiba (PR). Ela foi agredida e violentada várias vezes. O crime aconteceu em novembro do ano passado, mas só agora a polícia chegou aos envolvidos. Nesta semana, quatro homens foram presos e dois adolescentes, apreendidos pelo estupro coletivo da vítima. Entre os detidos, estava o ex-marido da enfermeira, apontado como o mandante do crime.
Ele e a mulher foram casados durante 17 anos e tiveram dois filhos. Segundo ela, em todo este tempo, o ex-marido nunca a agrediu, mas depois da separação, há cinco anos, começou a ser perseguida por ele.
Ainda muito abalada, ela relembra a violência ocorrida no ano passado.
— Me bateram muito, muito. Quarenta minutos, batendo muito. Os três que entraram dentro da minha casa me violentaram.
Durante a investigação, a polícia descobriu que o carro do ex-companheiro da enfermeira esteve em frente à casa dela na noite do crime. O homem teria contratado a quadrilha para forçar uma tentativa de assalto e realizar o estupro.
O ex-marido confessa que contratou os criminosos para atacar a mulher, mas nega que tenha orientado a violência sexual. Afirma que apenas queria “dar um susto”.
Um dos suspeitos presos falou que o mandante ofereceu mais dinheiro para que o grupo deixasse marcas do ataque.
Para a vítima, o sentimento é de tristeza e revolta.
— Eu vivi 17 anos com uma pessoa que eu jamais imaginei que tivesse a capacidade de fazer isso.