Livres das paixões que dominam as consciências no período eleitoral e passados quase trinta dias do encerramento do pleito deste ano, que elegeu prefeitos de todo o Brasil, chegou o momento de a gente checar o que dissemos em períodos que antecederam ao certame e o que verdadeiramente emergiu das urnas.
Cumpre-nos, preliminarmente, cumprimentar os senhores membros da Justiça Eleitoral de Itapetinga, de modo especial à Dra. Julianne Nogueira (Juíza Eleitoral); à Promotora Carolina Bezerra Alves e todos os seus colaboradores; às Policias Civil e Militar, que, através de ação coordenada, possibilitaram que as eleições transcorressem sem a ocorrência de nenhum evento que comprometesse o resultado de mais esse importante momento da democracia em nossa cidade.
Pois bem. Em 10 de Julho de 2012, chamava a atenção do caro internauta para as convenções partidárias que poderiam definir as coligações e candidatos para a disputa eleitoral que se avizinhava, e citei a célebre frase de Magalhães Pinto que afirmara que “política é como uma nuvem que você olha está de um jeito; olha de novo e ela já mudou”. (Relembre clicando aqui).
Naquele momento, os partidos que faziam oposição ao prefeito José Carlos Moura, formada pelo PR/DEM/PMDB/PT do B, PSB, PC do B e outras legendas, conjecturavam um nome com capilaridade eleitoral, capaz de derrotar o prefeito José Carlos Moura, que sem alarde trabalhava para sanear as suas divergências internas para alavancar o seu projeto de reeleição. As tentativas de coalizão das forças oposicionistas que reuniam os personagens mais antagônicos da política de Itapetinga, como previsto, só renderam uma foto para posteridade. E nada mais.
A implosão da sonhada aliança já era prevista por qualquer pessoa medianamente informada a respeito das nuances da política de Itapetinga – dizia eu naquela oportunidade – tendo como fato, as divergências históricas que envolviam os seus protagonistas, que extrapolavam os limites da boa convivência política, e atingiam o nível pessoal de cada um deles, cujas feridas ainda não tinham sido cicatrizadas.
O ex-prefeito José Otávio (DEM), que abriu mão de sua candidatura em apoio ao médico Arnaldo Teixeira (PR), precipitou o desenlace, foi claro ao afirmar que não se uniria ao ex-prefeito Michel Hagge – fazendo lembrar o episódio das denúncias feitas do seu governo pelo ex-alcaide aos órgãos de fiscalização do governo federal, fato que lhe causou grande constrangimento e várias ações na justiça, com efeitos negativos para sua vida pessoal e política, sublinhei.
Ancorado no trabalho de uma coordenação política (que apesar de alguns dos seus membros estarem estreando no complicando mundo político) se mostrou eficiente, e em meio a uma série de acusações, que equivocadamente eram confundidas como denúncias, reverberadas pela mídia, o prefeito José Carlos Moura, optou por estabelecer uma agenda positiva de sua gestão, diligenciando medidas para a inauguração de obras que estavam em fase final, como por exemplo, a entrega de mais de mil unidades habitacionais do Programa “Minha Casa Minha Vida”; o Sistema de Abastecimento de Água Potável de Palmares e UPA (Unidade de Pronto de Atendimento), na Nova Itapetinga, que dado o seu grande alcance social, foram determinantes no direcionamento da opinião pública, na hora de decidir em quem votar.
Ao concentrar todos os seus esforços em debates públicos em prestar contas ao povo a respeito das realizações do seu governo, a entrar na guerra verbal proposta pelos os seus adversários, foi outra opção acertada pelo prefeito José Carlos Moura, que se preparou adequadamente para responder quaisquer perguntas dos seus interlocutores, mesmos os questionamentos que aos olhos dos que lhe fazem oposição poderiam lhe trazer desconforto.
Chateado com as graves acusações que lhe eram dirigidas sistematicamente através dos meios de comunicação, quando oficialmente a Justiça Eleitoral assumiu o comando das regras do pleito, e agora com espaço para se defender o prefeito José Carlos Moura, aos poucos foi desconstruindo o discurso da oposição, derrubando mitos e proporcionando a população de Itapetinga conhecer à sua versão sobre todos os fatos postos.
Por fim, eu diria que o erro primacial das oposições durante todo o processo eleitoral foi subestimar a capacidade de recuperação do alcaide municipal, que não só deu a volta por cima, mas venceu as eleições com a segunda maior votação da história política de Itapetinga, só superada por ele mesmo.
Sobre a escolha do professor Alécio Chaves, para ser o seu companheiro de chapa, esse é um capítulo que merece destacadas considerações, e o farei em momento oportuno.
Só me resta, pois, torcer, que o gestor reeleito, que inicia o seu segundo mandato no dia 1º de Janeiro, cumpra os compromissos assumidos com a população, para que Itapetinga continue firmemente no caminho da paz e do progresso. A qualificação do debate político parece ser o melhor caminho para àqueles que desejam se firmar como liderança de um povo.
*Juraci Nunes de Oliveira- é Radialista e Bacharel em Direito
essa e´ a eleiçao em itapetinga
parabéns juraci,
Equilibrado com sempre. o seu comentário retra o que aconteceu na eleição. parabéns!
Juraci ,eles se preocuparan em chingamentos e ,
esqueceran de apresentar um
plano de governo.
o povo já esta cheio, dessa forma de fazer política.
Um forte abraço .
Velho Jura, sempre sereno.
Permita-me acrescentar as suas palavras o aspecto pessoal do individuo José carlos Moura. Ainda que sua adinistração tenha demonstrado fragilizada no contexto da austeridade e da autoridade, José Carlos tem um diferencial pouco percebido nos seus adversários, ele faz carisma por si só, não precisa de maquiagem. E acredito ter sido o fator crucial para que o povo em sua maioria concreta o escolhesse, ora, digo isto pois o eleitorado se dividiu em três, e os numeros das pesquisas diziam isto.,Se fosse possivel um segundo turno em nossa cidade, a maioria seria sim esmagadora, somente quem fechava os olhos a realidade não aceitava o fato. Por exemplo, pelo menos a cada 10 eleitores (digo os adeptos) do 22 entre 6 a 8, votariam em JCM caso Arnaldo desistisse, e pelo ainda de cada 10 do 15 4 ficariam com ele (JCM), e como os numeros não metem!
A oposição errou não por se fragmentar, mas por apostar no discurso que difamava uma pessoa tão próxima do coração do povo. Foram por baixo 3 a 4 horas diárias de uma propaganda difamatória em horário nobre, doeu, e não é a primeira vez que isto acontece aqui em Itapetinga. Os inimigos de outrora se uniram, falavam a mesma lingua, foi repudiada no passado e continua sendo, e a politica caricaturista (bacalhau, gabiraba, jacaré, sapo) inexoravelmente vai perdendo espaço à importância de se ter o povo humilde a lhe acolher.
Quiçá, possamos ver JCM se redimir dos erros cometidos, pois como disse em outras oportunidades e até fui criticado, ele não merece figurar como vilão nesta história. Devendo agora se cercar do que há de melhor, para numa autoavaliação de seu governo encontrar o caminho correto para a satisfação popular, que ainda assim nunca será unanime.